terça-feira, 26 de junho de 2012

Obesidade infantil: um problema serio e crescente


O sedentarismo e a obesidade infantil, e também na adolescência, têm uma relação muito próxima. O papel dessa relação entre o sedentarismo e a obesidade contribui para graves consequências, tais como doenças cardiovasculares, diabetes, etc.
Torna-se então necessário proporcionar ás crianças hábitos alimentares correctos e promover as actividades físicas. Se coloca a si perguntas sobre o sedentarismo e a obesidade infantil, então este artigo é para si. Corrigir a falta de hábitos das suas crianças torna-se necessário, pois anos mais tarde eles vão-lhe agradecer.
É um facto que as crianças estão a ficar mais altas a cada nova geração. Infelizmente, estão também a ficar mais largas e isto deve-se a um conjunto de elementos que se aliam para produzir mais e mais gerações de crianças infelizes e com excesso de peso.
Na primeira parte deste século, as crianças eram “vistas e não ouvidas” durante a maior parte do tempo. Não havia coisas como televisão para crianças; este tipo de entretenimento, quando chegou, estava reservado para o prazer dos adultos.
Após as aulas, mandava-se as crianças sair para brincar nas ruas ou nas matas, onde queimavam as calorias que tinham acumulado durante o dia. “Brincar lá fora” predispunha as crianças para jogos inovadores, ao sabor da sua imaginação, e dava também para horas e horas de exercício físico.
Os miúdos construíam casas nas árvores, brincavam ao pião e chapinhavam nas poças até ficarem completamente exaustos. Hoje, as nossas crianças chegam a casa e imediatamente se ‘colam’ ao ecrã da televisão ou talvez a uma consola de computador, onde estão continuamente a mastigar, tanto antes como depois da refeição, até à hora de deitar.
Com este regime sedentário, não é de surpreender que as nossas crianças vão inchando até à adolescência.
Um outro aspecto infeliz do tipo de vida das nossas crianças é que os adultos já não são capazes de dedicar um pouco do seu tempo para corrigir as rotinas dos seus filhos. Tanto o pai como a mãe estão empregados a tempo inteiro, no mundo moderno, e já poucos têm o tradicional ‘a mamã fica em casa’.
As crianças, deixadas com os seus aparelhos, farão o que bem entenderem – e o que elas querem é estar sentadas em frente a um ecrã a comer batatas fritas e doces!
Nas comunidades em que vivemos não é sensato permitir que as crianças brinquem lá fora sem a supervisão de um adulto. Até ambientes ‘seguros’ como parques ou pátios de recreio podem ser presas para os raptores e molestadores de crianças, pelo que a supervisão é a única solução viável para pais responsáveis, trazendo de volta o velho problema de não haver tempo para estar sentado de vigia enquanto as crianças têm o seu pedaço de exercício físico diário.
A resposta a isto é uma dieta saudável e controlada, claro, mas mesmo uma solução simples como esta requer uma supervisão rigorosa para que possa ser bem sucedida. Muitos pais concluíram que a proibição de guloseimas dá bons resultados, ou pelo menos impedir que comam doces antes do jantar.
Obviamente, se o seu filho comeu uma refeição saudável, substancial e nutritiva, sentir-se-á menos predisposto a comer grandes quantidades de doces, barras ou batatas fritas.
Após as aulas, o exercício físico é importante, juntamente com uma alimentação controlada. Várias escolas estão a introduzir, no ambiente escolar, actividades para combater o ganho de peso e até qualquer um Professor de Educação Física o poderá ajudar, se o requerer, com um programa para uma alimentação saudável.



Fonte : obesidadeinfantil.org

A Tecnologia Auxiliando o Controle do Diabetes



Ser diabético não é fácil. Se for tipo 1 ou tipo 2 usuário de insulina, além de manter uma dieta rigorosamente saudável e fazer atividade física, necessitam realizar o controle glicêmico com o hemoglicoteste (as famosas fitinhas e ponta-de-dedo ) e muitas vezes realizar a contagem de carboidratos.

A contagem de carboidratos nada mais é do que um cálculo matemático, onde somamos a quantidade de carboidrato que ingerimos e dividimos por um fator (determinado pelo endocrinologista) para achar a dose de insulina necessária para “queimar” aquela refeição. Para fazer estes cálculos é necessário que saibamos a quantidade de carboidrato presente em cada alimento. Até há pouco tempo o diabético tinha que carregar consigo um livrinho de bolso contendo estas medidas.

Mas com o avanço da tecnologia foram desenvolvidos diversos programas que baixamos no celular de tal forma que temos esta lista – literalmente - na palma das mãos. Escolhi alguns aplicativos gratuitos e em português que testei aprovei.

Programas como DIAMIGO, desenvolvido para iPhone, iPod, iPad. Inserimos dados como nome, idade, tipo de diabetes. Colocando a dose de glicemia pré-refeição e dados como sensibilidade insulínica o aplicativo sugere a dose de insulina a ser aplicada. O interessante é que há possibilidade de cadastrar os dados de seu endocrinologista, permitindo envio de informações diretamente para ele. Para baixar basta entrar no Apple Store e digitar Diamigo.

Outro aplicativo interessante é o GlicOnLine (http://gliconline.com.br/). Este aplicativo pode ser utilizado no computador, ou em qualquer smartphone que tenha internet. Da mesma forma que o anterior, há uma tabela de carboidratos e possibilita o cálculo de insulina e envio de informações ao medico endocrinologista.

O Glicocare, também para IPhone e iPod, e pode ser baixado na Apple Store. Com o Glicocare, pode-se avaliar o andamento da glicose e de interessante é que há envio de SMS com dicas sobre diabetes e qualidade de vida, o que ajuda o diabético a se lembrar de se automonitorizar. Há possibilidade de o próprio usuário criar lembretes que o alertam quando programado. Tem um gráfico para acompanhamento da glicemia. No entanto, ele não sugere a dose de insulina a ser aplicada. Mas é uma boa opção para usar junto com outro aplicativo, como um adicional.

Ainda em relação a auto monitorização, há dispositivos como as bomba de insulinas que têm acoplado o sensor de glicose (Paradigma da Medtronic) o qual afere a glicemia em tempo real a cada 5 minutos. Assim o paciente pode prever se está evoluindo para hipo ou hiperglicemia, possibilitando maior prevenção, controle e segurança. A bomba da Roche Perfoma Combo pode ser controlada por controle remoto o qual também é um medidor de glicemia. Ele envia os dados para a bomba por ondas de radio, facilitando o manejo.

Até as insulinas estão mais modernas. Desde 1921 quando Banting e Best conseguiram isolar a molécula de insulina e houve produção em escala de insulina, o tratamento desta doença avançou muito. Vidas foram salvas. Depois vieram os análogos da insulina; e com isto pode-se simular melhor a liberação de insulina do pâncreas. Agora estamos na fase de “insulinas inteligentes” (smart insulin), com liberação programada e prolongada possibilitando menor ganho de peso e menor eventos hipoglicêmicos.

Em relação a aplicação de insulina, as canetas de insulina possibilitaram picadas menos doloridas e menor erro na aplicação da dose (já que o numeral mostrando a dose é grande – bom para crianças e idosos) com menor erro na aplicação.Atualmente há a caneta sem agulha - a Safe-Inject, que promete aplicações quase indolores.

Hoje no Brasil somos 12 milhões de diabéticos. Muitos necessitam destas fantásticas ferramentas que facilitam nosso dia- a- dia. Experimentem, e escolham a que melhor lhes convier. 



autora : DraBibiana 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Brasil terá açúcar que não engorda e poderá ser consumido por diabéticos



 Ele não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. É o açúcar FOS (sigla para fruto-oligossacarídeos), que passará a ser fabricado no Brasil graças a um novo modo de fabricação, desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp).
O açúcar FOS não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer. Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias.
Açúcar saudável: o produto criado pela Unicamp não engorda porque é formado por uma molécula grande que não pode ser degradada pelo organismo (Antoninho Perri / Divulgação)
O FOS já é conhecido e usado com maior frequência em países do hemisfério norte, inclusive em produtos voltados para diabéticos. No Brasil, seu consumo ainda é restrito. De acordo com Elizama Aguiar de Oliveira, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e autora do estudo, é possível encontrar no Brasil alguns produtos que já contenham FOS. A variabilidade, no entanto, é pequena em função dos custos. Uma lata de leite em pó com FOS, por exemplo, tem preços entre 20 reais e 40 reais. "Se produzido nacionalmente, esses custos podem ser reduzidos", diz.
Tecnologia nacional — A metodologia desenvolvida por Elizama emprega uma liga de nióbio (um minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis) e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães.
"Não existe contraindicação, o único cuidado é evitar o exagero no consumo, que pode causar cólicas e diarreias", diz Elizama. Segundo a pesquisadora, alguns estudos estimam que o ideal será um consumo máximo de 6 a 10 gramas do FOS por dia. "Mas essa quantia varia muito, depende da maneira que o organismo da pessoa responde ao produto", diz.
Matéria-prima — De acordo com a engenheira, mesmo com a riqueza de matéria-prima para o FOS no país, eles são pouco processados no Brasil. A maioria do que é hoje comercializado vem da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, regiões onde os fruto-oligossacarídeos são ingeridos de maneira mais variada. Nesses lugares, ele é empregado em produtos como chicletes, sorvetes, biscoitos, doces, sucos e na linha de alimentação infantil e animal.
Saiba mais
Nióbio
Minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis. O Brasil é o maior produtor desse minério no mundo. As suas jazidas estão mais concentradas no estado de Minas Gerais, na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, próxima da região de Araxá, e no Estado do Rio de Janeiro, na Companhia Fluminense.
FOS
O esse tipo de açúcar é um fruto-oligossacarídeo, que não consegue ser metabolizado pelos seres humanos, como acontece com o açúcar comum, por ser formado por uma molécula muito grande e que precisa ser quebrada em partículas menores com enzimas específicas, não existentes no organismo humano. Os FOS não são tão doces quanto o açúcar de mesa (têm cerca de 60% da doçura da sacarose), porém são mais finos e mais brancos.