domingo, 19 de junho de 2011

Benefícios do Brócolis no Diabetes Mellitus


Um estudo clínico duplo-cego randomizado, placebo-controle com 81 pacientes diabéticos ingerindo 10g de pó de brócolis por 4 semanas reduziu o DMA , um marcador bem conhecido de atividade oxidativas, e também redução do LDL colesterol.
Organismos que respiram oxigênio naturalmente produzem substancias oxigênio-reativas (ROS), que têm papel importante nas funções vitais. No entanto, uma super-produção do ROS causado por poluição, tabagismo, exposição excessiva ao sol, atividade física excessiva, ou simplesmente pelo envelhecimento, pode levar a um acúmulo de anti-oxidantes no organismo e ao estress oxidativo.
O estress oxidativo por sua vez, está ligado ao aumento de risco de várias doenças como câncer, doença da Alzheimer e doenças cardiovasculares. Além disto, o estress oxidativo desencadeia a insulino-resistência que por fim culmina em Diabetes Mellitus.
Benefícios do brócolis: vegetais crucíferos, como o brócolis, couve-flor e couve contêm elevados índices de glicosinolatos que, após metabolizados em issotiocinatos, têm poderes anti-cancerígenos. Ingerir 10 g de pó de brócolis aumenta a capacidade anti-oxidante do sangue e reduz o malondialdehydo (MDA). O principal isotiocinato do brócoli é o sulforafane.
Apesar desta boa resposta, os autores relatam haver necessidade de estudos com maior duração e diferentes titulação do pó.
Tradução : Dra Bibiana Colenci
Source: European Journal of Clinical Nutrition
Published online ahead of print, doi: 10.1038/ejcn.2011.59
“Broccoli sprouts reduce oxidative stress in type 2 diabetes: a randomized double-blind clinical trial”
Authors: Z Bahadoran, P Mirmira, et al


Prédio Para Obesos

“Um prédio para obesos”, não parece ser a peça de propaganda imobiliária mais efetiva para vendas. No entanto, em Nova York, este é o chamariz para vender o edifício The Melody. A construção, na região do Bronx, foi idealizada para acomodar moradores obesos.

Em sete andares estão aglomeradas 63 unidades, com um, dois ou três dormitórios. No andar térreo vão funcionar lojas de alimentação saudável - espera-se muita cenoura, arroz integral, leite de soja e nada com gordura. Junto ao mercadinho pouco calórico estará uma clínica de dietas, consultórios médicos, e até uma loja de confecções que vão de XXX (ou, super grande) até os modelitos pequenos, de pós-perda de peso. Tudo isso em cima de um subsolo com piscina para exercícios aquáticos.

No último andar, um super ginásio de malhação funcionará em regime de 15 horas diárias. E que ninguém se engane: a jornada rumo aos pesos a serem levantados e as esteiras não podem ser alcançadas sem esforços prévios. Como ficam no sétimo piso exigem o uso de elevador. Acontece que o aparelho é propositalmente lento. Isso mesmo: os inquilinos são incentivados a usar as escadas.

Condôminos farão “regime coletivo”

A idéia é fazer a massa condominial perder, digamos, a massa corporal. Ao R7, o corretor do empreendimento, Ralph Mollina, explicou que, desde o elevador lento até as placas nos corredores do edifício, tudo foi planejado para ajudar na perda de peso.

- Teremos campanhas semanais promovendo a perda de peso. Placas em locais estratégicos vão trazer mensagens de incentivo às dietas. Programas comunitários permanentes também fazem parte de um leque variado de atividades coletivas rumo à melhoria da saúde.

As unidades foram planejadas para um público com renda mensal média de US$ 12 mil. Acredite: é rendimento de classe C em Nova York. Ou seja: o empreendimento visa grande parcela da população que não tem muito para gastar. E são esses que mais sofrem com a obesidade.

O diretor do programa de combate à obesidade da prefeitura da cidade, Mark O´Sullivan, disse ao R7 que os pobres ou a classe média baixa são obrigados a comer alimentos gordurosos, frituras e bebidas com muito açúcar.
- Os alimentos mais baratos são aqueles que mais engordam.

Quatorze unidades do prédio estão reservadas para o Habitat for Humanity- órgão das Nações Unidas dedicado ao problema habitacional no mundo. Os escolhidos para ocupar um desses apartamentos não serão necessariamente obesos, mas sim pessoas sem-teto.

A partir de julho próximo, a turma, digamos, “da pesada” passará a ocupar o edifício. Restará porém a resolução de um último mistérios: por que chamaram o prédio de The Melody (A Melodia) ? Ninguém soube explicar ao R7.

Talvez se refira ao som de barrigas roncantes, que se tornam mais esbeltas e saudáveis no condomínio da dieta. Assim, o lugar passará ser chamado de “o prédio dos magros”.

 Tradução: Dra Bibiana Colenci

Efeito do Tai Chi em Pacientes Diabéticos Obesos


As complicações do diabetes dobram quando o paciente é também obeso. Vários estudos mostram beneficio da atividade física, no entanto, exercício extenuante podem provocar leões em coração. Exercícios moderados e aeróbicos têm efeito positivo no coração, pulmão e metabolismo do paciente. A maioria das artes marciais incluindo Tai Chi demonstra melhora do perfil glicêmico. No entanto ainda não se havia estudado estes benefícios em pacientes diabéticos que também são obesos.  Um estudo avaliou os efeitos do Tai Chi Simples em pacientes diabéticos obesos hospitalizados. Foram divididos em 2 grupos. Um grupo foi designado a fazer atividade convencional e o outro Tai Chi três vezes por semana. Ao final de 12 semanas do estudo observou-se a massa corporal diminuiu de 33,5 para 31,1, o colesterol diminuiu de 194 para 189. Por outro lado, os níveis de triglicérides caíram mais no grupo com atividade física convencional. Como limitante este estudo não avaliou a ingesta alimentar concomitante. Como conclusão o Tai Chi pode ser uma alternativa de atividade física para melhorar o controle glicêmico em pacientes diabéticos obesos.

resumo e tradução : Dra Bibiana Colenci
fonte: http://fyiliving.com/research/effect-of-tai-chi-on-obese-diabetic-patients/#ixzz1O9RxPq25

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Empresa no Paraná premia funcionários que cuidam da saúde. Quem faz exercícios e vai ao médico regularmente pode ganhar até 600 reais a mais no salário. Depois dessa iniciativa, o lucro da empresa subiu 20%.

Em pleno horário de trabalho a enfermeira Stela Maris Wolff faz academia. O programa do Hospital Universitário da PUC, em Curitiba, libera o funcionário uma hora antes do fim do expediente, até três vezes por semana, pra fazer ginástica e ir ao nutricionista. Stela se animou e, em menos de um ano, perdeu 26 quilos.


“Minha autoestima está bem lá em cima, o pessoal fica elogiando. Trabalho no setor de emergência e lá tem que fazer tudo rápido. A agilidade está bem melhor”, diz a enfermeira.
Em outra empresa que importa pneus, quem se cuida ganha um dinheiro extra da diretoria. Para receber o prêmio, além de fazer exercícios e ir regularmente ao médico e ao dentista, os funcionários têm que fazer avaliação física uma vez ao mês. Eles se pesam, tiram as medidas, fazem teste de força e de peso e flexibilidade. Se o resultado não é bom, são encaminhados a uma consulta médica.
Na consulta, Jeferson descobriu que estava com gordura no fígado. “Se não tratado, pode ser caso de transplante no fígado”, diz. Com o incentivo da empresa , emagreceu 12 quilos.
Bom para o funcionário, melhor ainda para a empresa. De cada 100 trabalhadores, apenas cinco faltam ao serviço durante o ano. A média de faltas no mercado de trabalho é quatro vezes maior. O prêmio para manter a forma vai passar de 300 reais pra 600 reais por mês.
A funcionária da limpeza Maria Dirce de Amarante gostou da notícia. Agora ela vai ao médico e ao dentista a cada seis meses e nunca falta à academia. “Por mais que às vezes você levante de manhã com aquela preguicinha, aí você lembra que tem uma aula e você vai perder um dinheirinho”, explica.

sábado, 11 de junho de 2011

Vitamin D levels, microvascular complications, and mortality in type 1 diabetes

Pesquisadores publicaram, recentemente, no Diabetes Care, um estudo em que procuraram avaliar vitamina D como preditor de mortalidade por todas as causas, progressão de normoalbuminúria para micro ou macroalbuminúria e o desenvolvimento de retinopatia basal ou proliferativa em pacientes com diabetes tipo 1.
Foi realizado um estudo observacional prospectivo de acompanhamento no qual uma coorte de inserção de pacientes com diabetes tipo 1 foi acompanhada desde o surgimento do diabetes, diagnosticado entre 1979 e 1984. Níveis plasmáticos de vitamina D foram determinados por cromatografia líquida de alta performance/espectrometria de massa em 227 pacientes antes que os pacientes desenvolvessem microalbuminúria. Valores iguais ou inferiores ao percentil 10 (15,5 nmol/L) foram considerados deficiência grave de vitamina D.
A mediana (variação) de vitamina D foi igual a 44,6 (1,7 – 161,7) nmol/L. O nível de vitamina D não se associou a idade, sexo, taxa de exreção urinária de albumina ou pressão arterial. Durante o acompanhamento, 44 (18%) pacientes faleceram. Em um modelo de riscos proporcionais de Cox, a razão de risco para mortalidade em pacientes com deficiência grave de vitamina D foi igual a 2,7 (1,1 – 6,7; P = 0,03) após ajustamento para taxa de excreção urinária de albuina, HbA1c e fatores de risco cardiovascular convencionais (idade, sexo, pressão arterial, colesterol, tabagismo). Dos 220 pacientes, 81 (37%) desenvolveram microalbuminúria e 27 (12%) destes progrediram para macroalbuminúria. Além disso, 192 (87%) pacientes desenvolveram retinopatia basal, enquanto que 34 (15%) progrediram para retinopatia proliferativa. Deficiência grave de vitamina D em momento basal não foi preditor do desenvolvimento destas complicações microvasculares.
Os pesquisadores concluíram que, em pacientes com diabetes tipo 1, a deficiência grave de vitamina D prediz independentemente a mortalidade por todas as causas, mas não prediz o desenvolvimento de complicações microvasculares retinianas e renais. Se a substituição de vitamina D em pacientes com diabetes tipo 1 pode melhora o prognóstico, isso ainda precisa ser investigado.

Diabetes Care; 2011;34:1081 – 1085
Fonte: www.diabetesnosciudamos.com.br 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nossos Avós gastavam mais: Diminuição de gasto energético no trabalho ao longo de 50 anos

Em um trabalho realizado pela Universidade de Louisiana, EUA, detectou que trabalhadores estão queimando 120 a 140 calorias a menos do que há 50 anos atrás. Foram analisados dados estatísticos de 1960 a 2008, levando-se em consideração intensidade da atividade física, diferentes trabalhos,e calorias utilizadas pelas suas ocupações. Isto porque hoje trabalhamos mais sentados e antigamente o trabalho era manufatura  e rural. 
"Os trabalhos que requerem uma atividade física moderada vem diminuindo " diz Timothy Curch, autor principal desta pesquisa. 
Desta forma, vemos que as necessidades calóricas vem diminuindo ao longo dos anos, em contraste com o aumento de ingesta de alimentos muitos calóricos tipo fast-food. Estes dois fatores causam acumulo de energia no corpo, que é estocada na forma de gordura. 
As necessidades calóricas variam com a idade,sexo, peso, altura, e nível de atividade física. Entretanto, uma mulher sedentária necessita por volta de 1400 a 1600 calorias por dia e um homem sedentário necessita de 2000 a 2200 calorias por dia. A maioria dos estudos mostram que houve um aumento da ingesta calórica ao longo dos anos. 
Por outro lado, diversos estudos tem comprovado que a medida que envelhecemos, temos que ingerir menos quantidade de calorias. Estudo do padrão alimentar nas populações idosas do Japão, mostram que a longevidade esta associada e baixa ingesta calórica.
Então pessoal a receita é simples, óbvia e previsível : comer menos e gastar mais. 

Fonte :
Church TS, Thomas DM, Tudor-Locke C, Katzmarzyk PT, Earnest CP, et al. (2011) Trends over 5 Decades in U.S. Occupation-Related Physical Activity and Their Associations with Obesity. PLoS ONE 6(5): e19657. doi:10.1371/journal.pone.0019657
Tradução e Comentario: Dra Bibiana Colenci