terça-feira, 8 de março de 2011

Sensores sem fio prometem a diabéticos leitura não-invasiva de açúcar no sangue


"Sistema biossensor lê níveis de glicose sem romper a pele".

Para muitos diabéticos, a desagradável tarefa de tirar sangue várias vezes por dia, a fim de verificar os níveis de glicose no sangue, faz parte da vida. Os esforços para desenvolver dispositivos que possam testar a glicemia, sem a necessidade de picar os dedos várias vezes, não apresentou resultados satisfatórios até agora por causa de dúvidas sobre a precisão, bem como queixas sobre a irritação da pele. Uma empresa tem a esperança de resolver esses problemas com um sensor bioquímico que adere à pele como um curativo e manda leitura contínua da glicose do sangue para um dispositivo portátil sem fio.




Um bom nível de glicose no sangue é essencial para a saúde de um indivíduo, especialmente diabéticos, cujos corpos produzem nenhum ou muito pouco do hormônio insulina regular da glicose. Como os níveis elevados de glicose no sangue podem levar a uma longa lista de problemas graves de saúde – glaucoma, lesões nervosas e doenças do coração, só para citar alguns – diabéticos devem testar os seus níveis de glicose várias vezes ao dia, geralmente utilizando um dispositivo de punção para furar a ponta do dedo e tirar sangue.

Echo Therapeutics, com sede em Franklin, Massachusetts, está desenvolvendo um sistema de monitoramento contínuo da glicose transdermal, uma rede sem fio e livre de agulhas chamado Symphony tCGM para diabéticos (há cerca de 24 milhões nos Estados Unidos) e para uso em unidades hospitalares de cuidados intensivos.

Symphony tCGM tem três componentes básicos: a Prelude SkinPrep System, dispositivo aproximadamente do tamanho e forma de um barbeador elétrico, que raspa a superfície morta mais externa da pele (microdermoabrasão), deixando uma mancha do tamanho de uma moeda; um biossensor de glicose que é aplicado lá (em geral no peito ou parte superior das costas) e também um dispositivo sem fio que lê os níveis de glicose do biossensor.


O Prelude remove a pele e cabelo que podem interferir na leitura do biossensor. Ele passa minúsculos impulsos elétricos na pele, explica o presidente e CEO da Echo Terapêutica, Patrick Mooney. Com base na resposta a esses impulsos, o Prelude pode determinar quando viveu aquela célula subjacente da pele, o que permite ao biossensor proporcionar uma leitura mais precisa. O paciente, então, aplica o biossensor em forma de disco no pedaço de pele preparada pelo Prelude. A membrana na superfície do biossensor detecta como a glicose se difunde para fora dos capilares do corpo. O sensor contém uma enzima que reage com a glicose e retransmite a indicação como um sinal elétrico. O impulso passa sem fio para um computador de mão, que registra as informações e monitora as leituras. Cada sensor pode ser usado por dois dias antes de ser substituído por um novo, e então usado no mesmo local ou em outro local tratado pelo Prelude.

O Tufts Medical Center, em Boston, passou vários anos como uma clínica de teste do Symphony eco tCGM. “Frequentemente, durante cirurgias, colhíamos amostras de sangue para testes instantâneos” dos níveis de glicose no sangue, independentemente de o paciente ser ou não diabético, afirma Michael England, chefe do centro de anestesia cardíaca de adultos. O monitoramento contínuo é particularmente importante durante a cirurgia, porque os níveis de insulina variam de acordo com o paciente. “A insulina regular dada às pessoas nas cirurgias pode demorar de 45 minutos a uma hora para fazer efeito”, diz ele.

England é coautor (juntamente com três pesquisadores da Echo) de um estudo de julho de 2008 no Journal of Diabetes Science and Technology, que indicou que a precisão das medições de glicose no sangue da Symphony foi comparável com as práticas mais comuns de desenho e análise de amostras de sangue. Esse achado foi consistente com os resultados de um estudo da tCGM Symphony que a Echo anunciou em novembro. Usando cerca de 900 leituras de glicose Symphony tCGM emparelhado com medições de referência de glicose no sangue (realizadas por meio de amostras de sangue), a Echo alegou sua tecnologia foi 97% precisa.

Além do seu potencial impacto sobre a cirurgia e manutenção diária da diabetes, diz Inglaterra, o monitoramento contínuo da glicose pode ajudar os médicos a entender melhor a insulina e como ela funciona no organismo. Cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo usam insulina, de acordo com o Centro de Diabetes Joslin, em Boston.

O único medidor de glicose não-invasivo que recebeu aprovação da FDA nos Estados Unidos não está mais no mercado. Em 2001, Cygnus, Inc., ganhou a aprovação para sua GlucoWatch, usado como um relógio de pulso a ser empregado em conjunto com exames de sangue convencionais para detectar as tendências e padrões nos níveis de glicose do paciente. O GlucoWatch administra uma pequena carga elétrica no pulso para trazer glicose á superfície da pele onde ela poderia ser medida a cada 10 minutos. O uso do dispositivo, no entanto, foi interrompido em 2007, após denúncias sobre sua precisão, o que causou irritação em alguns usuários.

Monitoramento da glicose é extremamente importante para os diabéticos, mesmo que um pouco invasiva – incluindo aqueles sistemas que paciente pica os dedos para a obtenção de sangue – são usados por milhões de pessoas e tem vendas na casa dos bilhões. “Todo mundo com quem falo no campo diabetes sente que o acompanhamento transdérmico é um mal necessário”, diz Robert Langer, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) .

England adverte, no entanto, que encontrar um sistema eficaz de monitoramento contínuo da glicose transdérmica é apenas um passo no controle da diabetes. Ainda não há consenso sobre o que constitui o “nível de certo de glicose” em diferentes pacientes, diz ele. Até que se determine o benefício de ter maior controle sobre os níveis de glicose no sangue, essa é uma “questão em aberto”, acrescenta. “Nós nunca tivemos a tecnologia para este estudo.”

domingo, 6 de março de 2011

Comida Japonesa e o Diabetes

Comida japonesa para diabéticos

A comida japonesa está muito na moda. Você pode degustar pratos japoneses e manter sua glicemia sob controle. Basta planejar e escolher com sabedoria.
Escolha alimentos com alto teor de fibras e baixo teor de gorduras, como feijões, ervilhas, vegetais verde-escuros como brócolis, repolho e espinafre. Quanto às saladas, escolha aquela que contém feijão verde ou pratos com três-feijões, salada de tofu, salada de galinha chinesa ou pasta de salada misturada com vegetais. Escolha alimentos integrais como arroz marrom, pão integral ou macarrão integral.

Quando comer comida japonesa, escolha entre macarrão ou arroz. Nunca os dois, pois assim você limita a ingestão de carboidratos. Escolha temperos que são leves em salada, queijo ou molho desnatado. Se você puder, faça o seu próprio molho, use um pouco de azeite e vinagre. Tente evitar os molhos a base de shoyu, pois contém açúcar, mesmo a versão light.Se você gosta de maionese, experimente um produto light. Todos se beneficiam ao comer estes alimentos, não apenas as pessoas com diabetes.

Os vegetais e sementes devem preencher a maior parte do seu prato. Escolha pequenas porções de carne magra, aves ou peixes. Prefira frango grelhado sem pele e diminua as frituras como o tempura.

 Diga não a:
         Tempura
         Tokatsu ( porco frito)
         Torikatsu (frango frito)
         Mochi na manteiga

Prefira:
         Sopa missô *
         Pratos com teriyaki
         Pratos com yakitori *
         Somen *
         Soba
         Sushi *
         Sukiyaki
*alerta: estes pratos são ricos em sal, evitar em hipertensos

È difícil calcular a quantidade de carboidratos num sushi. Eles contêm arroz, alga marinha, vinagre e peixe ou vegetais. O arroz japonês contém mais carboidratos que o arroz tradicional. O vinagre não contém carboidrato, mas o knori contém por volta de 10- 15 gramas de carboidrato por rolo. A tabela abaixo dá uma idéia da quantidade de carboidratos por rolo de sushi.

Conjunto de 6 sushis 1
Nome
Calorias
Gordura (g)
Carboidratos (g)
Fibras (g) 2
Rolo de abacate
140
5,7
28
5,8
Rolo Californiano
255
7,0
38
5,8
Kappa Maki(pepino)
136
0
30
3,5
Rolo de Atum Picante
290
11
26
3,5
Rolo de Tempura de Camarão
508
21
64
4,5
Rolo de salmão e abacate
304
8,7
42
5,8
Rolo de Atum (Maguro)
184
2,0
27
3,5
Rolo de enguia com abacate
372
17
31
5,8
2. fibras calculadas através de informações do USDA Nutricional Database

E para sobremesa? Preferir as frutas frescas como bananas, uvas e laranjas. As frutas são excelentes fontes de fibras e minerais e com zero de gorduras. Todos nós, inclusive pessoas com diabetes deveríamos ingerir 3-4 porções de frutas por dia. Tortas, bolos, doces industrializados e biscoitos são ricos em gorduras e colesterol. Se você não pode resistir, ao menos ingira pequenas porções.

Quanto aos líquidos, opte por água e chás sem açúcar. Adicione um pouco de limão para dar sabor. Se ingerir bebidas alcoólicas, limite sua ingesta a uma dose por dia se for mulher ou duas doses se for homem. Beba somente com comida.

Planejando sua alimentação, você pode terá um bom controle glicêmico, sem abrir mão do que gosta.

Resumindo: 1. Planeje sua alimentação
                    2. Aumente sua ingesta de vegetais
                    3. Escolha alimentos com alto teor de fibras e baixo teor de gordura
                    4. Diminua o sal
                    5. Escolha sabiamente a sobremesa
                    6. Limite a ingesta de álcool e não ingira bebidas adocicadas
                  7. Faça a auto-monitorização da glicemia para saber se a quatidade do alimento esta adequada para seu organismo
                    8. Lembre-se de contar os carboidratos presente nos alimentos para não abusar; o arroz é um carboidrato.

Planejando com antecedência sua alimentação, você consegue manter sua glicemia sob controle. Se precisar de mais ajuda para preparar seu prato, peça auxílio ao seu endocrinologista ou nutricionista.

Outras dicas para manter sua glicemia estável são aprender sobre as porções, ou seja a quantidade de alimento que você pode ingerir. Também alimentar-se na hora correta e não ficar beliscando fora do horário ajuda a você controlar seu diabetes. Por ultimo, é interessante aprender a fazer a contagem de carboidratos, que auxilia você a acertar a exata dose de insulina ou a não engordar desnecessariamente.


Adaptado de: Castleheath.com, DECP
Tradução e adaptação: Bibiana Colenci

Comida Chinesa e o Diabetes

Comida Chinesa e o Diabetes

Como você pode ficar saudável e ainda assim apreciar comida chinesa? 
Sabemos que a refeição chinesa é muito rica em gordura e carboidratos. Este fato trás muitas dúvidas no momento que optamos por ingerir esta refeição.
O segredo é planejar de antemão e escolher de forma sábia.
Escolha alimento ricos em fibras, vitaminas, minerais, e com baixo teor de gordura. Boas escolhas são pratos com FEIJÃO, ERVILHAS, TOFU, BROTO DE FEIJÃO E VEGETAIS VERDE-ESCUROS COMO BRÓCOLIS CHINÊS, AGRIÃO, CHUY-SUM, CHIVAS, FEIJÕES COMPRIDOS E AMARANTO.

Vegetais ricos em ferro como cogumelo chinês, alga marinha e fungo preto são boas opções. Você pode ingerir feijões de todas as cores em sopas ou sobremesas com adoçante artificial. Batata doce é rica em fibra e muito nutritiva. Pode ser fervida ou transformada em sobremesas. Farinha de trigo integral, pão de centeio e pão de milho são boas fontes de fibras e saudáveis para qualquer pessoa, não só o diabético.

Cuidado com pratos carregados de banha de porco como os bolos-de-lua. Do mesmo modo, atente-se para alimentos ricos em gordura e colesterol como temperos chineses feitos a base de lombo de porco, de fígado de porco ou de pato e porcos ou carne de porco e patos assada.

Evite alimentos ricos em sal como ovos de patos salgados e peixes salgados. Para pessoas que gostam de bolinhos, escolha os cozidos ao invés dos fritos e limite sua ingestão a 5 ou 6 porções no almoço. Escolha vegetais frescos ou cozidos no vapor. Quando fritos, prefira utilizar óleo a base de girassol ou canola.

Os vegetais e sementes devem ocupar a maior parte do seu prato, mas deixe espaço para carne, aves ou peixe. Antes de preparar o frango, tire a pele. Para variar, tente peixe cozido no vapor com alho e cebola com óleo de canola e pouco sal.

E a sobremesa? É difícil ganhar da salada de frutas a base de papaya, peras, maças, laranjas , ameixas , manga e lichia. Frutas são excelentes fontes de vitaminas, minerais e fibras, além de não terem calorias. Lembre-se que todos nós, independente de ter diabetes, devemos ingerir 4-5 porções de frutas por dia. Quando for comer uma sobremesa rica em gordura, ingira em pequenas porções.

Em relação à bebida, experimente água, e chás sem açúcar. Adicione um pouco de limão para dar sabor. Evitar bebidas a base de mandioca, pois são ricas em carboidratos. Mas se não puder evitar, ao menos ingira com adoçantes.

Se optar por bebidas alcoólicas, limite sua ingesta a uma dose por dia para mulheres e duas doses se for homem. Beba acompanhado de comida sempre.

Resumindo: 1. Planeje sua alimentação
                    2. Aumente sua ingesta de vegetais
                    3. Escolha alimentos com alto teor de fibras e baixo teor de gordura
                    4. Diminua o sal
                    5. Escolha sabiamente a sobremesa
                    6. Limite a ingesta de álcool e não ingira bebidas adocicadas
                    7. Faça a auto-monitorização da glicemia para saber se a quatidade do alimento esta adequada para seu organismo
Planejando com antecedência sua alimentação, você consegue manter sua glicemia sob controle. Se precisar de mais ajuda para preparar seu prato, peça auxílio ao seu endocrinologista ou nutricionista.

Outras dicas para manter sua glicemia estável são aprender sobre as porções, ou seja a quantidade de alimento que você pode ingerir. Também alimentar-se na hora correta e não ficar beliscando fora do horário ajuda a você controlar seu diabetes. Por ultimo, é interessante aprender a fazer a contagem de carboidratos, que auxilia você a acertar a exata dose de insulina ou a não engordar desnecessariamente.

Adaptado de:  NDEP, ADA. 
Adaptação e tradução Bibiana Colenci

A Criança e o Diabetes

A criança e o Diabetes Mellitus

Você já ouviu falar em criança com diabetes?´
É comum ouvirmos que um amigo ou parente adulto apresenta diabetes. Porém, o diabetes pode acometer crianças desde o nascimento, até a fase de adulto jovem. Neste caso estamos falando do Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1). Esta é uma situação diferente do diabetes do adulto (que se chama Diabetes tipo 2), pois aparece de forma repentina e inesperada. Geralmente é desencadeado após uma gripe, e há dois picos de aparecimento: por volta dos 7 anos e no final de puberdade. Interessante notar que no outono há maior concentração de diagnóstico, talvez por haver mais episódios gripais neste momento.
No DM1 há ausência de produção de insulina pelo pâncreas e, portanto, deve ser tratado com a reposição de insulina, por via subcutânea.

Porque nunca ouvi falar?
Há pessoas que nunca ouviram falar em DM1. Isto porque a incidência de diabetes tipo 1 é bem menor que a do diabetes tipo 2. Apenas 7,5% das pessoas que tem diabetes, têm o tipo 1.

Quais os cuidados deve-se ter?
Inicialmente, os cuidados são com os pais. Eles devem ser orientados quanto à causa do Diabetes e, sobretudo, conscientizar de que não havia como prevenir seu aparecimento.
Uma vez retirado este peso dos pais, estes devem se informar profundamente em relação ao DM1, para transmitirem as informações de forma correta e segura para seus filhos. Quando os pais têm conhecimento e segurança sobre o Diabetes, a criança sente-se mais confiante e segue melhor o tratamento.
Outro cuidado é a realização da auto-monitoprização da glicemia, que é o exame do dedinho para medir a taxa de açúcar. Esta aferição é importante porque a taxa de açúcar do nosso sangue varia continuamente. Quando medimos esta taxa, entendemos o que está acontecendo, e melhoramos nosso controle. Vale lembrar que a taxa de açúcar alta ou baixa não traz sintomas até estar muito alta ou muito baixa. Assim, pequenas oscilações no açúcar que fazem mal à criança podem passar despercebidas se não fizermos este controle.  A auto-monitorização proporciona melhor controle glicêmico e evita os picos (hiperglicemia) e vales (hipoglicemia).
 Não há porque ter preconceito: o DM1 não se passa e não se pega com o amiguinho da escola.
Falando em escola, o diretor, o professor e demais profissionais que estarão perto da criança devem saber de sua condição. Eles devem ser orientados sobre o que fazer no caso da criança não se sentir bem.

Como é o tratamento?
O tratamento é feito com reposição de insulina subcutânea (para ser aplicada na gordura). Embora existam trabalhos com outras vias de administração de insulina, comercialmente apenas dispomos de insulina subcutânea. A boa noticia é que temos dispositivos mais modernos para aplicar insulina, como canetas e bombas de insulinas. As agulhas das canetas são menores e doem menos que as agulhas de seringas.
Hoje em dia sabemos que para se ter um bom controle, devemos fazer várias aplicações de insulina por dia, em pequeninas doses. Mas isso varia de criança a criança. Algumas usam 2 doses por dias, a maioria necessita de 5-6 doses. Fazemos isso para simular a liberação de insulina de uma pessoa não-diabética, onde o pâncreas libera insulina ao longo do dia, variando a dose conforme a alimentação. 

Como deve ser a alimentação?
A criança deve ser alimentar de forma mais saudável possível. Não deve ingerir alimentos que contenham açúcares (os carboidratos), como o próprio açúcar e doces. Os alimentos que viram açúcar no nosso corpo como pão, arroz, bolachas, massas também devem ser consumidos com moderação. Aliás, esta é a receita de alimentação saudável. Até quem não tem diabetes deveria segui-la, pois evita o DM2 e o ganho de peso.
Dispomos de um cálculo chamado Contagem de Carboidrato. Com este calculo podemos prever o quanto de insulina devemos aplicar para cada tipo de alimentação. O controle do diabetes torna-se mais preciso, evitando hipo ou hiperglicemia. O endocrinologista pode orientar sobre a necessidade de contagem de carboidratos.

O que é bomba de insulina?
A bomba de insulina é um dispositivo moderno para tratamento de diabetes no indivíduo usuário de insulina. Portanto, tanto crianças quanto adultos com DM2 que usam insulina podem se beneficiar deste dispositivo.
Ele tem uma cânula que é trocada a cada 3 dias. Ela envia insulina para o corpo da pessoa de forma contínua, lenta e em pequeninas doses, simulando uma situação de não-diabetes. Deste modo, o indivíduo não precisa ficar aplicando insulina com agulha ao longo do dia.
A bomba não é automática. Por isso, há necessidade dos pais, e com o tempo, a própria criança, aprenderem a manusear a bomba. Programamos a quantidade de insulina que ela enviará para seu corpo ao longo de 24 horas. Para calcular a dose das alimentações usamos a contagem de carboidrato, enviando a dose necessária para aquela refeição específica.
Portanto, antes de iniciar o uso da bomba de insulina, os pais e a criança devem saber calcular os carboidratos. Novamente, o endocrinologista avalia se a pessoa esta capacitada a usar a bomba de insulina.

A criança com Diabetes terá uma vida normal?
Completamente. Ela poderá fazer de tudo. Poderá se tornar um adulto saudável, produtivo e inserido na sociedade.
Para isso é preciso que a família, junto com o endocrinologista e a sociedade em geral entendam que esta é uma situação passível de controle, e que a criança não apresenta limitações. Ela apenas tem que seguir algumas regras como ter cuidado com a alimentação, fazer esportes, aplicar insulina e auto-monitorizar a glicemia.
Mas afinal, de uma forma ou de outra, todos nós seguimos regras, não é mesmo?


Dra Bibiana Prada de Camargo Colenci
Endocrinologia e Diabetes
Mestre em Edocrinologia
CRM 93718